quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
TRÊS GRANDES ESTADISTAS BRASILEIROS, TRÊS PACIFISTAS, TRÊS LÍDERES E PATRIOTAS.
TRÊS GRANDES ESTADISTAS BRASILEIROS, TRÊS PACIFISTAS, TRÊS LÍDERES E PATRIOTAS. (Trecho da palestra realizada em 19/05/07, na Conferência do D-4480; Catanduva, SP, sob o título "Será Utopia o Ideal Rotário da Paz Universal?"
Aproveito para enaltecer aqui as figuras de três grandes estadistas brasileiros, três grandes patriotas, de renome internacional, que jamais deixaram de praticar a força do o diálogo, da razão, do convencimento e conseguiram fazer do Brasil uma grande nação, mundialmente reconhecida. (Alberto Bittencourt)
- José Maria da Silva Paranhos Júnior, Barão do Rio Branco , (1845 - 1912), até o último dia titular da pasta de Relações Exteriores que ocupou ininterruptamente desde 3 de dezembro de 1902. Destacou-se sempre por sua política exterior de concórdia, repulsando toda guerra de conquista, de acordo com a Constituição Federal (1891), art. 88 que diz: "Os Estados Unidos do Brasil em caso algum se empenharão em guerra de conquista, direta ou indiretamente, por si ou em aliança com outra nação."
Amigo sincero da Paz, assinou, durante a sua gestão trinta tratados de arbitramento internacional, entre eles o das "Missões", o do território do Amapá, (1900), o do território do Acre, concluído em Petrópolis,(1903), no qual o Brasil indenizou a Bolívia em 2 milhões de libras esterlinas e mais alguns territórios pequenos para acertar as fronteiras, e o tratado com o Uruguai, (tratado de condomínio da Lagoa Mirim do rio Jaguarão), considerado como "ato de raro altruísmo internacional" (1908).
Sua visão ampla e seu espírito pacífico e simultaneamente seu patriotismo que demonstrou na atividade de pacificação das relações exteriores com os povos e governos sul-americanos, evitou muitas conflagrações durante a sua época.
- Ruy Barbosa, (1849 - 1923), grande pacifista brasileiro, de valor internacional que, durante uma vida inteira de ação, peleja e apostolado, pugnou pelo direito, pela justiça e pela liberdade. Inumeráveis são suas realizações, no campo da política, da literatura, do direito e do jornalismo. Dotado de fulgurante inteligência, enfrentou corajosamente os ditadores, pois encarnaram-se nele enormes aspirações pela liberdade, elemento essencial para a Paz na Terra.
Este grande senso de liberdade tornou-o também um dos maiores lutadores pela abolição. Para a libertação do Brasil da monarquia, foi ele um dos mais eficazes arautos, talvez o mais notável. A respeito de suas contribuições para este objetivo, na imprensa, diz Osório Duque Estrada em sua "História do Brasil": "Nunca a voz da imprensa militante e partidária logrou tanto prestígio entre nós".
Ruy Barbosa participou do primeiro ministério da jovem República e destacou-se muito na consolidação do Estado, na realização de reformas e solução de problemas surgidos em virtude das novas instituições.
Repercussão internacional alcançou sua participação na Conferência da Paz em Haya, (1907), como representante do Brasil. Lá, conquistou sucesso eminente, defendendo a igualdade entre pequenos e grandes Estados, quanto à sua soberania. É considerado uma das maiores inteligências do seu tempo, pela clareza e perspicácia de suas argumentações.
O caminho do Patriotismo se opõe a qualquer tendência de agir em termos de superioridade nacional ou racial. Ruy Barbosa provou que na mesa de negociação, não existe nação superior, nem nação inferior.
- Marechal Rondon. Outro exemplo de patriota e pacifista foi o marechal Cândido Mariano da Silva Rondon (1865 – 1958). Nos primórdios do século 20, à frente da Comissão Rondon, foi o grande líder da construção de linhas telegráficas no interior do Mato Grosso até Goiás. Desbravando e mapeando regiões, enfrentando doenças tropicais como a malária, sofrendo ataques dos silvícolas, o marechal Rondon abriu caminho rumo ao oeste brasileiro, no desafio ciclópico de integrar o Brasil. Seu lema: "Morrer se preciso for, matar nunca".
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